Dr. Antonio A. Cirurgiao- autor transmontano e professor

Escreve Fernando Goncalves Rosa

Dr Antonio Cirurgiao, Nascido em Soutelinho da Raia, uma aldeia fronteiriça no extremo do concelho de Chaves, a caminho de Montalegre. Os nossos caminhos cruzarem no início da década dos 70, pouco depois de ele ter chegado a Universidade de Connecticut (UCONN), quando nos envolvemos tentando expandir a cultura e língua portuguesa, e durante anos apresentamos eventos culturais e desenvolvemos uma sã amizade.

Marco na fronteira de Portugal e Espanha em Soutelinho da Raia

O exponente máximo da intelectualidade de Connecticut, como conselheiro do cônsul, com 88 anos, descansa a sua jubilação, escrevendo, sem sequer pensar em toda a ajuda e colaboração que deu a tantas carreiras de sucesso.

UCONN, a principal instituição de ensino superior do estado, fica localizada na vila de Storrs. Fundada em 1881 hoje tem mais de 32,000 estudantes e considerada uma das melhores universidades públicas dos EUA e a melhor na Nova Inglaterra. Ligado também a universidade são o UCONN Health e o Hospital Universitário John Dempsey Hospital, assim como os Laboratórios Jackson que fazem pesquisa. Mais de 4,000 professores e auxiliares e outros 5, 000 estão nessa parte da saúde. Varias bibliotecas de pesquisas, que “compõem a maior coleccao de pesquisas em todo o estado”. O rinque de patinagem sobre o gelo leva o nome de Mark Edward Freitas, um luso-americano de sucesso. O campus ocupa uma área de 17.8 Kms2.

O Dr. Cirurgião teve um enorme impacto, nos jovens que aqui chegaram na década dos 70, ajudando a traduzir e apresentar as suas equivalências na Universidade de Connecticut e muitos lhe devem a sua carreira depois de terem sido admitidos. Foi um dos indivíduos que teve um grande impacto no futuro desses jovens.

Na celebração dos 25 anos da Portuguese American Leadership Council of the United States (PALCUS) em 2015 recebeu o Premio de Lideranca – Leadership in Academia. Thank you my friend transmontano.

Septembro 1, 2021

O texto publicado no livro dos 25 anos de PALCUS

EADERSHIP IN SCHOLARSHIP AWARD António Cirurgião António A. Cirurgião, Professor Emérito, nasceu em Soutelinho da Raia, concelho de Chaves, Portugal. Estudou nos Seminários Salesianos, tendo feito o Curso de Filosofia e parte do Curso de Teologia, e frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Em 1962 foi para os Estados Unidos, com a intenção de estudar Direito. Tendo optado pelas Letras, fez o M.A. em Francês, em Assumption College, Massachusetts, em 1965, e em 1970 concluiu o Ph.D. em Espanhol e Português, na Universidade de Wisconsin, em Madison, sob a direcção de Lloyd Kasten e Jorge de Sena. Em Portugal, ensinou Português, Francês, Geografia, História Universal e Matemática nas Escolas Salesianas e na Escola Académica de Lisboa, durante alguns anos. Nos Estados Unidos, ensinou Francês e Latin em Chester High School, Massachusetts (1963-64); Espanhol e Francês em Worcester Academy, Massachusetts (1964-65); Espanhol, Francês e Latim em Fort Hays Kansas State College, em Hays, Kansas (1965-66), e na Universidade de Nevada, em Reno, Nevada (1966-68); em 1969 foi contratado pela Universidade de Connecticut, em Storrs, Connecticut, e aí ensinou Espanhol e Português, durante trinta anos. Recebeu o contrato vitalício em 1973, e foi promovido a professor catedrático em 1980. Em 1983 e 1987, ensinou na Universidade da California, em Santa Barbara, na qualidade de Professor Visitante. Jubilou-se em Julho de 1999. Em 1981 António Cirurgião foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique; e em 2009 foi agraciado com uma Citação Oficial pela Assembleia Geral, com outra pela Governadora e com uma terceira pelo Ministro da Justiça do Estado de Connecticut. Além de colaboração dispersa por dicionários e enciclopédias e por revistas e jornais portugueses e estrangeiros, publicou as seguintes obras: Fernão Alvares do Oriente: O Homem e a Obra, Paris, 1976; O “olhar esfíngico” da Mensagem de Fernando Pessoa, Lisboa, 1990; A Sextina em Portugal nos Séculos XVI e XVII, Lisboa, 1992; Novas leituras de clássicos portugueses, Lisboa, 1997; Leituras alegóricas de Camões, Lisboa, 1999; De Eça a Jorge de Sena, Lisboa, 2009, e editou os seguintes livros, com introdução e notas: O Cancioneiro de D. Cecília de Portugal, 1972; Fernão Álvares do Oriente, Lusitânia Transformada, 1985; Duarte Dias, Várias Obras em Língua Portuguesa e Castelhana, 1991; Manuel Quintano de Vasconcelos, A paciência constante – discursos poéticos em estilo pastoril, 1994; João Nunes Freire, Os Campos Elísios, Lisboa, 1996. Ultimamente, tem vindo a publicar em blogues crónicas de carácter memorialista e tem prontos para publicação uma análise crítica de Poemas Ibéricos de Miguel Torga, uma colectânea de ensaios sobre literatura brasileira, dois volumes de Diário e um romance.

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